O que são líquidos inflamáveis?
Líquidos inflamáveis são uma presença onipresente em nossas vidas diárias, seja na gasolina que alimenta os motores de nossos veículos ou nos desinfetantes à base de álcool que usamos para manter as mãos livres de germes. Seja você um engenheiro, um gerente de instalação, um socorrista ou até mesmo um usuário comum, compreender o perigo de incêndio que esses líquidos representam é de suma importância.
A definição de líquidos inflamáveis na edição de 2024 da NFPA 30, o Código de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis, os descreve como “qualquer líquido ou mistura de líquidos que apresente um ponto de fulgor mensurável em recipiente fechado”. Para uma compreensão mais profunda dessa definição, é crucial examinar dois conceitos-chave: o ponto de fulgor e os métodos empregados para medir esse parâmetro em recipiente fechado.
O que é Ponto de Fulgor?
O ponto de fulgor, conforme definido pela NFPA 30, é “a temperatura mínima na qual um líquido libera vapor suficiente para formar uma mistura inflamável com o ar, seja próximo à superfície do líquido ou dentro do recipiente utilizado”. Em termos práticos, em um dia ameno de verão com temperatura ambiente de 21°C, um líquido com ponto de fulgor de 10°C seria mais propenso a liberar vapores inflamáveis do que um com ponto de fulgor de 38°C.
O potencial de ignição de um líquido é geralmente inversamente proporcional ao seu ponto de fulgor, ou seja, líquidos com pontos de fulgor mais baixos apresentam maior risco de ignição. A medição do ponto de fulgor em recipiente fechado pode ser realizada por meio de métodos de teste de copo fechado ou de copo aberto, com a NFPA 30 reconhecendo dispositivos como o Tag Closed Cup Tester e o Pensky-Martens Closed Cup Tester para essa finalidade.
Independente do método utilizado, o princípio é semelhante: o líquido é gradualmente aquecido dentro de um recipiente fechado até que os vapores liberados sejam suficientes para sustentar uma chama, marcando assim o ponto de fulgor. Para mais informações sobre outros testadores e uma discussão detalhada sobre o ponto de fulgor, consulte a Seção 6 do Capítulo 13 da 21ª edição do Fire Protection Handbook.
Como classificar?
A NFPA 30 estabelece a classificação dos líquidos em Classes I, II e III, com base em seus pontos de fulgor em recipiente fechado. Anteriormente à edição de 2021 da NFPA 30, os líquidos eram categorizados como inflamáveis ou combustíveis. Atualmente, os termos “líquido inflamável” e “líquido combustível” ainda são utilizados, sendo o primeiro referente a líquidos da Classe I (com ponto de fulgor mais baixo e maior potencial de ignição), e o segundo a líquidos da Classe II ou III (com ponto de fulgor mais alto e menor potencial de ignição).
- Classe I: Perigo à Espera: Abrangendo líquidos com o menor ponto de fulgor, a Classe I representa o maior risco de ignição. Exemplos notáveis incluem gasolina, etanol e acetona, substâncias que exigem medidas de proteção rigorosas durante o armazenamento, manuseio e em situações de emergência.
- Classe II: Risco Moderado: Caracterizada por um ponto de fulgor mais alto que a Classe I, a Classe II apresenta um risco moderado de ignição. Óleo diesel, querosene e verniz são alguns exemplos que se encaixam nessa categoria, exigindo medidas de segurança adequadas para minimizar os perigos.
- Classe III: Precaução Recomendada: Apresentando o ponto de fulgor mais alto entre as classes, a Classe III representa o menor risco de ignição. Óleo vegetal, óleo de motor e alguns produtos de limpeza são exemplos. Apesar do menor risco, medidas de precaução ainda são recomendadas para garantir a segurança.
Essas classificações são cruciais para determinar os requisitos adequados de armazenamento, manuseio e utilização de líquidos inflamáveis. Por exemplo, líquidos da Classe I, como gasolina, apresentam um alto potencial de ignição e requerem medidas de proteção mais rigorosas do que líquidos da Classe III, como óleo de motor.
Em resumo, os líquidos inflamáveis, englobando líquidos combustíveis e inflamáveis, são categorizados com base em seus pontos de fulgor em recipiente fechado, onde pontos de fulgor menores indicam maior potencial de ignição. Essa classificação é fundamental para determinar os protocolos de proteção necessários durante o armazenamento, manuseio e em situações de emergência, auxiliando na definição de estratégias de mitigação.
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